O Desastre de Tenerife
O desastre de Tenerife, ocorrido em 27 de março de 1977, foi a colisão de dois Boeing 747 na pista do Aeroporto de Los Rodeos (atual Aeroporto de Tenerife Norte) na ilha de Tenerife, Espanha. Foi o acidente aéreo com o maior número de fatalidades na história da aviação, resultando na morte de 583 pessoas.
Causas:
- Condições climáticas adversas, incluindo nevoeiro denso, que reduziram a visibilidade a quase zero.
- Erro humano por parte das tripulações de ambas as aeronaves e dos controladores de tráfego aéreo.
- Congestionamento no aeroporto, causado pelo desvio de voos devido a uma ameaça de bomba no Aeroporto de Gran Canaria.
- Comunicação ambígua e mal interpretada entre a torre de controle e os pilotos.
Aeronaves Envolvidas:
- KLM Flight 4805, um Boeing 747-206B (PH-BUF), com destino a Gran Canaria, comandado pelo Capitão Jacob Veldhuyzen van Zanten e o Primeiro Oficial Klaas Meurs.
- Pan Am Flight 1736, um Boeing 747-121 (N736PA), com destino a Las Palmas, comandado pelo Capitão Victor Grubbs e o Primeiro Oficial Robert Bragg.
Resumo do Acidente:
Devido ao nevoeiro e ao congestionamento, o voo da KLM, sem autorização da torre, iniciou a decolagem enquanto o voo da Pan Am ainda taxiando na mesma pista. O voo da KLM atingiu o voo da Pan Am em alta velocidade, resultando na destruição de ambas as aeronaves e na morte da maioria dos passageiros e tripulantes a bordo.
Impacto e Legado:
O desastre de Tenerife levou a importantes mudanças nos procedimentos de segurança aérea, incluindo:
- Comunicação padronizada em inglês.
- Ênfase na gestão de recursos de cabine (CRM) para melhorar a comunicação e a tomada de decisões da tripulação.
- Melhorias nos sistemas de radar de solo e nos auxílios à navegação.